segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Tem sempre algo que me incomoda, que me tira o sono e dá dor de cabeça.
Quando não é ressaca é falta de anestésico.
Essa coisa que me inquieta tem a ver com o tempo que tá passando rápido demais. Queria mais amassos numa esquina onde uma mão deliciosa entra de baixo da minha minisaia, mais contar pras amigas o que aconteceu quando eu sumi ontem a noite, mais poder escolher, mais a vida inteira pela frente, mais mais uma por favor, mais, mais, mais, mais...
excesso. heterogeneo. orgia antropofágica. mais. opa, quer dizer, menos agora. Menos idade, menos barriga, menos celulite, menos medo, menos cinismo.
E também menos perigo. Menos perigo em tudo e principalmente nas coisas boas de fazer, sexo, drogas e você sabe.
Se eu optar por mais corro risco de não conseguir construir porra nenhuma e se eu optar por menos corro risco de ficar uma caretona. Eu não consigo achar um meio termo. Não há meio nesse termo. Tudo é rápido demais pra ficar no meio. No meio de quê afinal?
Lembrar de como fomos felizes, inconsequentes, ah! não me aborreça com recordar é viver.
saco cheio de caretice. saco cheio de bons modos. saco cheio.
só me resta dormir de camiseta velha e sem calcinha.
cortar o cabelo pra não cortar os pulsos.
economizar os bons momentos. o cúmulo da mediocridade.

4 comentários:

  1. eu ri do cortar os cabelos pra não cortar os pulsos.

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  2. Pois é Lili...
    to controlando as giletes e tesouras daqui de casa..

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  3. EU ACHEI SIMPLISMENTE OTIMO
    CORTAR OS CABELOS PRA NAO CORTAR OS PULSOS

    Mariane Ribeiro

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