E se eu quiser fazer trabalho voluntário no Camboja ou abrir uma pousada na Bahia eu levo o filho comigo

sobre ter ou não ter filhos

O que me impedia era a vontade de ser diferente. No dia que decidi ter eu ponderei a minha situação real.

Já não tenho a bunda tão dura pra ser striper em Londres. Já namorei o suficiente pra perder as contas. Já tomei tudo. Já to velha pra fazer mochilão pelo mundo. Por outro lado, o que poderá ser mais importante que os filhos quando eu tiver com 70 anos? Alguém ainda vai querer fazer sexo comigo aos 70 anos? Eu ainda vou estar interessada em sexo aos 70 anos? Pensei, pensei, pensei... Eu não sou tão diferente assim.

Não sou tão irreverente, tão genial, tão interessante a ponto de me bastar a mim mesma... melhor ter filhos. Experimentar o amor incondicional que até então só senti pela minha cachorra Lua.
E, na verdade, a verdade sobre a vida de qualquer pessoa é meio decepcionante. Ninguém é tão tão tão alguma coisa melhor que eu ou você.

Dia Branco

Esse dia branco me lembrou minha vida no sertão. Passei minha adolescência no calor do sertão. Na verdade não lembrei da vida lá, lembrei de um episódio específico lá. Eu era adolescente e apareceu um circo, não um circo como o da Lilla Ritter, mas um circo ritualístico, um circo que não tinha bichos, nem trapezistas, nem palhaços, tinha era muito tambor, danças em volta do fogo, nudez e homens lindos de pele lisinha. A única coisa que remetia ao circo comum era a arquitetura, a arena e a lona.
Eu me apaixonei perdidamente, loucamente, irresponsavelmente por um cara, o Fitó. Ele era meio índio mas tinha os cabelos encaracolados. Daí ele me puxou pra dançar na roda do fogo e eu fui. E depois ele me levou na cabana, no acampamento, sei lá como chamar aquele lugar bagunçado de chão de terra e poeira mas que era  perdidamente, loucamente, irresponsavelmente sedutor. Só lembro bem mesmo é dele levantando meu vestidinho de pano pra colocar a mão na minha bunda e que eu fiquei o tempo todo com as pernocas enroscada na cintura dele. Ele ia me deitar no colchão no chão e eu disse "na cama não", então ele me colocou sentadinha no fogareiro improvisado da cabana e mordeu meus lábios.
No outro dia fui correndo até a praça procurar o acampamento do circo mas eles já tinham ido embora. Não sobrou nada. Só um vento muito forte que levantava mais ainda a poeira. Fiquei parada de frente pra ele deixando ele varrer do meu corpo o cheiro do Fitó. E chorei.

bilhete de guardanapo

Oi


Desde ontem estou contente.

Quando vc vai a praia ver o mar, ou faz alguma coisa que vc gosta, ou come bastante legume no almoço, mas principalmente quando recebe uma música linda de presente a vida fica muito muito muito melhor.

E como nada pode ser perfeito... minha internet ta ruim.

E minha criatividade ta limitada.

O que é uma pena.

Não quero ser do tipo que busca uma biografia complexa pra aumentar a criatividade.

Mas a alegria de viver é tão simples que dispensa palavras.

freud explica

perverso polimorfo

fantasia

necessidade x desejo

prazer fisiologico
prazer sexual

fase oral
fase anal
* sonho n. 1 : minha mae louquinha no hospicio catando gimba de cigarro no chao
* sonho n. 2 : meu namorado com a cara do meu pai mais novo me abandona no supermercado


A construção da verdade só pode ser feita sem exagero.
E agora estou recuperadíssima da copa e achando tudo aquilo uma imensa bobagem.

bye bye brasil

não ligo muito pra futebol, não sei o que me deu dessa vez que fiquei tão envolvida com a copa, mas sei dizer que fiquei muito muito triste com a desclassificação.
comecei o jogo apaixonada pelos jogadores, achando todos lindos, principalmente os negros...hummm lindos, suados, fortes, com lábios carnudos... ah e o júlio césar...meu Deus...lindo.lindo. um gostoso.
depois, no segundo tempo sofri como se eu fosse a maior fã de futebol...
os entendedores de bola que me perdoem mas o que que o kaka foi fazer na copa?.