domingo, 13 de dezembro de 2009

Os meus olhos ardem.
A exposição não leva a nada. Nada. Nada mesmo.
Ninguém consegue me ver de verdade. Ninguém compreende.
Vou me entupir com 24 brigadeiros que sobraram da festa. Vou acabar com o conteúdo da caixinha de papelão que está na geladeira.
Pronto.
É isso. Sentir gosto de chocolate. Açúcar.
Me entupir mesmo. Como uma adolescente lariquenta.
Alguma coisa em mim faz sentido? Eu combino com as minhas escolhas? Eu combino com as minhas roupas? Afinal, existe coerência na minha vida?
Estou caminhando pra onde? Aonde eu quero chegar?
É possível mesmo abstrair e viver na simplicidade?

Ridículo.
Me sinto um ponto de interrogação. Um fracasso.
Passo desapercebida.
Posso começar a fazer coisas estranhas então.

É isso.
Posso me tornar uma bizarra.


Ódio da cidade, da chuva da cidade, das pessoas da cidade.

Essa puta chuva e as mulheres de salto agulha.
Elas usam roupa de viscolycra branca na chuva.
Muito brega.

Nenhum comentário:

Postar um comentário