sábado, 5 de dezembro de 2009

fim de ano e cuecas jogadas no corredor

O ano ta no fim e pela primeira vez faço um balanço.
Foi assim: realização, sucesso, viagem, batalha, queda, ilusão, destruição, depressão, silêncio, dor, dor que não passa, grito de socorro, recuperação, tratamento, ver o lado bom do lado ruim, yoga, silêncio.
Nessa ordem.
Um ano junk.

Agora passo horas olhando a chuva pela janela... Em paz... Morro de medo da hora que a paz acabar... porque sempre acaba, porque tudo é impermanente.

Olho minha amiga Manu e vejo a força que ela tem.
A gente foi vizinha de porta em 2003. Ela namorava um paulista maluco e eu um pior ainda.
Um dia acordei 6 horas da manhã com a Manu gritando desesperada na janela : "Aninhaaaa socorro! o Augusto me trancou em casa e sumiu"
Depois de várias tentativas nossa de trocar a Manu de apartamento pela janela ele apareceu com uma mulher que era quase uma mendiga aqui no corredor. A gente esculhambou o cara, colocou pra correr, a Manu jogava as cuecas na cara dele aqui no corredor indignada.
O meu namorado na época era o Rafa. Esse era do avesso mesmo. Morava em Maresias e só aparecia aqui no Rio quando a chapa esquentava lá. Ele tinha um olho de vidro e toda vez que ia surfar tirava o olho e dava pra eu segurar "Meu olho vai fica te olhando" ele dizia. Mucho loco. Esse fudeu com a minha vida, 2003, o pior ano. Eu totalmente perdida. Só locura. Chapa quente. Mil grau mano.

A locura e a dor é o que nos iguala.
Ou a locura e o amor. Dá no mesmo. Ninguém escapa da locura, do amor e da dor. Ninguém.

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