terça-feira, 24 de maio de 2011

Simples e sucinto

Simples e sucinto. Deveria ser assim quando falássemos de nós.
"Mas por que não discorrer sobre o assunto?" - alguém me perguntaria, "Porque ainda não inventaram palavras que traduzam o que acontece entre nós" - eu responderia. Porque sou hippie e por isso, além de eu ser contra pratos de plástico, acredito que no fundo nós somos um. Somos um.

Enquanto você atravessa a ponte Rio/Niterói, eu arrumo a casa, o palco que vai te receber. E você decora a poesia, e eu calço os sapatos de salto vermelho porque me acho baixinha. Você veste a jaqueta e eu na ponte aérea. Você de carro e eu de carona. E lá estamos nós. Nove.
Doze.

Um.

Dez.

Anos depois.

Um.

Pra mim não faltou ninguém.
Simples e sucinto ainda que a amizade seja o "que será mais nobre para o espírito humano".
No palco relicário de atores invisíveis os mesmos clichês. Médios que não se desenvolveram.
É contigo que não tenho vergonha de mim.




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