segunda-feira, 17 de agosto de 2009

ENSAIO DE SEGUNDA

Minha deformação.
Vendo a minha deformação.
Sou toda.
A deformidade dos meus pensamentos.
Dos meus peitos.
A deformidade das relações superficiais.
Quero ser fútil.
Nada mais.
Eu não combino mais comigo. Quero me vender toda.
Não sei o preço. É impagável.
Apagável.
Por isso me entrego. Me dou e me corrôo. Me fôdo.
Me vendo por pouco. Me dou.
Porque preciso. Porque posso.

Não posso mais. No puedo más. Deixa-me. Parte.
Parte de mim. Quanto vale um pedaço de dor? De cor? De cór? Decoro. O coro. O chôro.
Choro.
No puedo más. No puedo más. Deixa-me imploro. O cloro. H2o. Vertigem. Afogo. Me afogo no fogo. O meu próprio. No puedo más. Deixa-me. Imploro. Vertigem. Enjôo. Minha digestão não é boa. Enjôo. Tenho gases. Peido. Não arroto. No puedo más. Meus seios disformes. Um pra cima, outro pra baixo. Tenho vergonha. Deixa-me. Não mais posso. Sinto muito prazer com meus seios disformes. Muito prazer. O prazer é meu. Tenho prazer quando quero. O prazer é meu. Me vendo toda. A dança dos sujos. Tenho alergia. Me afogo. Sou fogo. Fogo. Fogo. Fogo. Fogo. Fogo. Fogo. Apaga. Paga. Paga quanto? Quanto paga? Eu pago. Apago. Não tem preço. Não vendo. Ninguém pagou. Apagou. Meu fogo.

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